A "Pequena Via" de Teresa de Lisieux

A jovem francesa nos ensina uma profunda espiritualidade que nos aproxima de Jesus

Maria Francisca Teresa Martin, mais conhecida como Santa Teresinha foi uma jovem francesa que viveu entre 1873 e 1897 e ao longo de sua breve vida vivenciou a espiritualidade que ficou conhecida como a "Pequena Via".

Breve biografia

Teresinha era de família nobre e aos 15 anos entrou no Carmelo de Lisieux, de onde jamais saiu, até sua partida para a eternidade com apenas 24 anos.

Ela é conhecida mundialmente como a "Padroeira das Missões" e, apesar de sua breve vida terrena, várias curiosidades surgem em torno da figura dessa querida santinha.

Nasceu na cidade francesa de Alençon, em 2 de janeiro de 1873 e, após a morte de sua mãe, Zélie Guérin, em 1877, a família mudou-se para Lisieux para ficar próximo aos demais parentes maternos, e assim, Teresinha e as irmãs puderam crescer com as referências maternas que a matriarca da família tanto queria.

Caminho da Pequena Via

Como fruto de sua intimidade com Deus, Santa Teresinha escreveu o "Caminho da Pequena Via". Essa espiritualidade teresiana nos ensina a depender totalmente de Deus. Para podermos entender melhor o cerne dessa espiritualidade, ela fez a comparação do elevador, que na época era uma novidade na França, com os braços de Jesus. Assim como o elevador nos eleva, os braços de Jesus nos levam para lugares que nem imaginávamos na vida pessoal e espiritual, quando nos confiamos a Ele.

A pedido de sua irmã Paulina, Teresinha escreveu sobre seus pensamentos, sentimentos e entendimentos. Esses escritos são divididos em três manuscritos: A, B e C e, após a morte da santa, foram lançados como livro autobiográfico intitulado "História de uma alma".

Teresinha queria ser de Deus e de Ele somente, mas se via pequena e falha para cumprir até o fim tal desígnio. E para realizar essa jornada pessoal e espiritual, a jovem francesa descobriu um caminho que a faria encontrar o Amor nas pequenas realizações cotidianas. É tão profundo e, ao mesmo tempo, simples a "Pequena Via" de Santa Teresinha que podemos usufruir dessa herança espiritual em nossa caminhada rumo ao Céu. 

Ela conseguiu ler o Santo Evangelho com a vida e isso lhe rendeu o título de Doutora da Igreja.

Em uma linguagem universal, a santa francesa nos provoca a olhar em primeiro lugar para dentro de nós e não tirar os olhos da Eternidade, com o compromisso de tudo fazer por amor e com amor. 

O cume da "Pequena Via" de Santa Teresinha

Cronologicamente, Santa Teresinha viveu pouco, apenas 24 anos, ela, porém, entendeu que o que a faria próxima de Deus e do Céu não seriam os grandes atos realizados, mas o amor e a intensidade a eles empregados, e tudo pode ser ofertado a Jesus no dia a dia. 

Sem jamais desviar o olhar da Misericórdia de Jesus, ela se oferecia a ele como um ser pequeno, imperfeito e de mãos vazias, para que tudo aquilo que o Senhor lhe quisesse dar pudesse encontrar espaço em seu coração, que deveria estar despojado do apego ao mundo.

Como criança que ainda dependia dos pais, ele dizia a Cristo Senhor:

“O elevador que deve elevar-me até o Céu são vossos braços, ó Jesus” (Manuscrito B, 3v).

Esse era o cume do caminho de Teresinha: depender e depositar tudo que era e tinha nos braços de Jesus. Lugar mais perfeito não há!

"A Pequena Via" a levou ao Céu

Na noite de 30 de setembro de 1897, às 19h30, Teresinha de Lisieux com fama e ardor de santidade, deixa o mundo terreno, porém, antes de partir, promete que derramaria uma chuva de rosas (bênçãos) sobre a terra.

“Depois da minha morte, farei cair do céu uma chuva de rosas”.

A ela recorremos, neste dia, para pedir a sua doce e poderosa intercessão para que dia a dia trilhemos o "Caminho da Pequena Via", pois, cremos nas palavras que pronunciou antes de partir para a Eternidade:

“Deus há de fazer-me todas as minhas vontades no Céu, em prêmio de eu não ter feito nunca a minha vontade na Terra”.

Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!

Vanusa Reis, da Redação