Chiara Corbella Petrillo
- Vanusa Reis
- 2 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 26 de mar.
Chiara Corbella Petrillo, um farol de fé e esperança para jovens do mundo inteiro

Chiara Corbella Petrillo nasceu em 9 de janeiro de 1984, em Roma. Criada em um lar cristão, cultivou desde cedo o amor à família e a vida de oração. Foi filha, esposa, amiga e mãe.
Hoje, é reconhecida como Serva de Deus e está em processo de beatificação.
Uma jovem romana comum

Na vida adulta, Chiara participou da Renovação Carismática com sua mãe e levava uma vida típica de uma jovem do mundo moderno. Apaixonada pela natureza, cuidava dos animais e encontrou no violino seu instrumento favorito para expressar seu dom musical.
Ela se considerava parte da "Geração João Paulo II", por ter crescido sob a influência do pontificado desse grande papa, que marcou profundamente sua formação e fé.
Criada na fé católica pelos pais, aos 18 anos, em 2002, Chiara viajou com a família para Medjugorje, na Bósnia e Herzegovina, uma tradição em sua casa. Foi lá que conheceu Enrico Petrillo, também italiano. A partir desse encontro, nasceu um namoro que durou seis anos, marcado por muitas provações e até alguns rompimentos.
Provações no matrimônio

Chiara e Enrico perceberam, aos poucos, que precisavam da orientação de um diretor espiritual. Chiara já contava com o acompanhamento do padre Vito D’Amato, e Enrico também buscou essa direção. Com esse apoio, o casal retomou o namoro.
O pedido de casamento aconteceu em Assis, cidade onde, em 21 de setembro de 2008, os dois selaram sua união matrimonial.
Chiara e Enrico desejavam ter muitos filhos e estavam abertos a acolher todos aqueles que Deus lhes concedesse. Pouco tempo após a lua de mel, receberam a notícia da primeira gravidez. Esperavam Maria Grazia Letizia, que nasceu em 10 de junho de 2009. A menina viveu por apenas 30 minutos, pois, ainda durante a gestação, foi diagnosticada com anencefalia.
Durante toda a gravidez, os médicos recomendaram a interrupção da gestação, mas Chiara respondeu com firmeza e fé:
“E se eu tivesse abortado, não acredito que eu poderia lembrar do dia do aborto como um momento de alegria.”
O presente do céu

No ano seguinte, em 2010, Chiara e Enrico receberam mais uma graça com a chegada de Davide Giovanni, que nasceu em 24 de junho. No entanto, a fé do casal foi novamente colocada à prova. Durante a gestação, os médicos diagnosticaram uma má formação grave: o bebê nasceria sem as pernas. Davide nasceu e, assim como sua irmã, viveu apenas por algumas horas.
Apesar da dor, Chiara e Enrico permaneceram firmes na fé. Em 2011, receberam a notícia de uma nova gravidez. Francesco Petrillo nasceu em 30 de maio daquele ano e, para a alegria de todos, nasceu saudável e sem nenhuma deformidade.
Tudo foram flores?

Durante a gravidez de Francesco, Chiara descobriu um tumor na língua que exigia cirurgia e tratamento com quimioterapia e radioterapia. Os médicos alertaram que, caso ela seguisse com o tratamento imediatamente, o bebê não resistiria. Mais uma vez, recomendaram o aborto. Chiara e Enrico foram firmes em sua decisão:
“Para a maioria dos médicos, Francesco era apenas um feto de sete meses, e eu deveria ser salva. Mas eu não tinha nenhuma intenção de arriscar a vida de Francesco com base em algumas estatísticas pouco seguras que pretendiam me convencer de que deveria dar à luz um filho prematuro para poder operar.”
Após o nascimento de Francesco, Chiara iniciou o tratamento contra o câncer. No entanto, o diagnóstico já era avançado e, em pouco tempo, foram identificadas metástases em seu corpo.
Foram meses de muita dor, incluindo a amputação de parte da língua e a perda da visão em um dos olhos. Chiara faleceu no dia 13 de julho de 2012, aos 28 anos.
Desde então, Enrico Petrillo tem testemunhado publicamente a vida matrimonial que viveu ao lado de Chiara — uma mulher doce, firme na fé e que soube transformar o sofrimento em amor, porque seu olhar estava voltado para a eternidade.
Chiara foi uma jovem, esposa e mãe pró-vida que escolheu permitir que seu filho existisse, mesmo que isso significasse arriscar a própria vida.
Que a vida de Chiara Corbella nos inspire a buscar nossa essência e a viver cada segundo como um verdadeiro presente de Deus.
Vanusa Reis, da Redação
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