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Chiara Corbello Petrillo

Atualizado: 18 de set. de 2024

Filha, esposa, mãe e jovem que enfrentou o sofrimento com sabedoria e paz

Chiara Corbella Petrillo nasceu em 9 de janeiro de 1984, na cidade de Roma, na Itália. Cresceu em um lar cristão. Assumiu a vida de oração como ascese diária e, mesmo cansada, escolhia entrar no quarto e rezar para Deus, e rezava o santo terço em família diariamente.

 

Uma jovem romana comum

Na vida adulta, participou da Renovação Carismática ao lado de sua mãe e tinha traços de uma jovem comum e normal ao mundo moderno: era apaixonada pela natureza, cuidava dos animais e escolheu o violino como instrumental musical para desenvolver seu dom musical.

Se considerava “Geração João Paulo II”, pois foi em meio ao pontificado desse grande homem e papa que ela nasceu.

Os pais a educaram na fé católica. Tinha apenas 18 anos, em 2002, e, como de costume, viajou com a família para Medjugorje, na Bósnia e Herzegóvina. Nessa viagem, conhece o também italiano Enrico Petrillo. Após essa viagem, iniciaram o namoro de seis anos. Foi um período de intensas provações e o casal rompeu por mais de uma vez.

 

Provações no matrimônio

Chiara e Enrico aos poucos perceberam que precisavam da ajuda de um diretor espiritual, o que Chiara já tinha, particularmente, na pessoa do padre Vito. Enrico busca por essa ajuda e o casal retoma o namoro. Foi em Assis que o jovem pediu Chiara em casamento.

Em 21 de setembro de 2008, em Assis, contraem matrimônio. O desejo do casal era de ter muitos filhos, eram abertos a acolher todos os filhos que Deus concedesse a graça de ter.

 

Pouco tempo após voltarem da lua de mel, receberam a notícia da primeira gravidez. Estavam à espera de Maria Grazia Letícia, que nasceu em 10 de junho de 2009. A criança viveu por apenas 30 minutos, porque já na gravidez foi diagnosticada anencefalia no feto. Durante toda a gravidez, a indicação médica era para que o casal optasse por abortar o feto, ao que Chiara respondeu.

 

“E se eu tivesse abortado, não acredito que eu poderia lembrar do dia do aborto como um momento de alegria.”

 

O presente do Céu

No ano seguinte, 2010, Chiara e Enrico foram agraciados com a chegada de Davide Giovanni em 24 de junho. Mais uma vez a provação se apresentava ao casal, pois, durante a gravidez, foi constatado que o bebê nasceria com má formação, sem pernas. David nasceu e viveu poucas horas também.

Chiara e Enrico eram casais de fé e não desistiram. Em 2011, souberam que mais um filho estava a caminho. Francesco Petrillo nasceu em 30 de maio daquele ano e, para a alegria de todos, não apresentava nenhuma deformidade.

 

Tudo foram flores?

Não! Durante a gravidez de Francesco, Chiara descobre que tinha um tumor na língua e que precisava de cirurgia e tratamento quimioterápico/radioterápico para reverter o caso. Como consequência, a criança que esperava não resistiria. Recomendaram mais uma vez que Chiara e Enrico abortasse, e ambos foram taxativos: “Para a maioria dos médicos, Francesco era apenas um feto de sete meses e eu que deveria ser salva. Mas eu não tinha nenhuma intenção de arriscar a vida de Francesco com base em algumas estatísticas pouco seguras que pretendiam me demonstrar que deveria dar à luz o meu filho prematuro para que eu pudesse operar".

Após o nascimento de Francesco, Chiara inicia o tratamento para o câncer. Mas já não se tinha muito o que fazer, metástases foram encontradas no corpo da jovem italiana.

Após meses de tratamento que lhe causaram muita dor, amputação de parte da língua, perdeu a visão em um dos olhos, Chiara partiu para a casa do Pai em 13 de julho de 2012.

Enrico Petrillo testemunha nos meios de comunicação, desde a morte da esposa, a vida matrimonial que teve ao lado dessa doce e santa mulher que soube viver o sofrimento em grande estilo, porque o seu foco estava na eternidade.


Por Vanusa Reis

 

 
 
 

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