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Dulce: o "Anjo Bom" do Brasil

Atualizado: 8 de out. de 2024

Ela foi a primeira brasileira canonizada e elevada aos altares da Igreja como santa

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes viveu na terra a vontade do coração de Deus e se tornou uma das figuras brasileiras mais importantes do século XX.

Nasceu em 26 de maio 1914, na capital baiana, foi uma criança esperta, alegre e caridosa. Era filha do dentista e professor universitário Augusto Lopes Pontes e da dona de casa, Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes.

O coração generoso de Maria Rita não lhe permitiu testemunhar mendigos abandonados à margem da sociedade e, aos 13 anos, começou a acolhê-los em sua casa. A residência de sua família passou a ser chamada de “A Portaria de São Francisco”.

 

 A vida religiosa

 Em 1932, formou-se como professora primária e, aos 19 anos, Maria Rita entrou para o convento das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. em Sergipe.

Em 1934, fez os votos de fé e escolheu o nome de irmã Dulce em homenagem à mãe já falecida, na época.

Irmã Dulce tinha apenas 36 anos quando fundou a União Operária São Francisco, sendo a primeira organização operária católica do país, na região de Itapegipe, em Salvador-BA.

Em Massaranduba, Salvador, inaugurou também o Colégio São Santo Antônio, lugar responsável por ensinar os operários da região e seus familiares.

A religiosa encontrou muitas dificuldades para cuidar dos pobres e doentes. Em certa ocasião, foi expulsa de cinco casas que tinha se apropriado na Ilha dos Ratos e recebeu a autorização de sua superiora para abrigar os doentes em um galinheiro ao lado do convento onde morava.

O atual Hospital Santo Antônio, em Salvador, foi fundado pela religiosa no mesmo lugar onde ficava o galinheiro que acolheu os pobres e doentes. Hoje é o maior complexo hospitalar do Estado da Bahia.

 

O trabalho reconhecido

Em 1979, irmã Dulce conhece Madre Teresa de Calcutá. Naquela ocasião, a freira baiana enfrentava muitas dificuldades financeiras para manter as obras por ela criadas e ofereceu-as à Madre Teresa para que administrasse daquele momento em diante, mas Deus se mostrou providente mais uma vez na vida da religiosa que seguiu à frente das obras de caridade, na Bahia, até o fim de sua vida.

Em 1988, o presidente José Sarney, com o auxílio da Rainha Sílvia da Suécia, indicou irmã Dulce para o Prêmio Nobel da Paz. Apesar de não ter ganho a premiação, seu trabalho missionário ganhou notoriedade mundial.

Em 20 de outubro de 1991, o Papa João Paulo II, em visita ao Brasil, quebrou o protocolo da agenda papal e foi até a religiosa. Naquela ocasião, ela já se encontrava acamada e em seu leito que recebeu a visita do sumo pontífice.

Em 13 de março de 1992, irmã Dulce retornou à pátria celeste. Em seu velório, cerca de 50 pessoas desmaiaram pela comoção. Um momento comovente que contou com a presença dos pobres que ela ajudou e de grandes personalidades do país.

 

Beatificação e canonização

Em 2010, o corpo da santa foi exumado para o processo de beatificação e os representantes do vaticano foram surpreendidos: após 18 anos da morte de irmã Dulce, a roupa que ela foi sepultada estava conservada e o semblante da santa estava em bom estado de conservação e sereno, segundos as testemunhas.

Em 22 de maio de 2011, a pedido do Papa Bento XVI, Dom Geraldo Majella Agnelo beatificou irmã Dulce e, em 2019, o Papa Francisco a canonizou.

Em homenagem aos feitos de Santa Irmã Dulce, ela é carinhosamente conhecida como “Anjo Bom da Bahia.”

 

Santa irmã Dulce, rogai por nós!

  

Vanusa Reis, da Redação

 
 
 

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