Quem foi São Pio de Pietrelcina?
- Vanusa Reis
- 18 de set. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 23 de set. de 2024
O sacerdote italiano faleceu há mais de 50 anos e sua vida humilde e de amor a Jesus inspira milhões de fiéis pelo mundo

Francesco Forgione nasceu em 25 de maio de 1887, em Pietrelcina, próximo a Benevento, na Itália. Desde tenra idade, se encantou com a vida de oração, a devoção a Nossa Senhora, o amor a Jesus e a grande amizade que nutriu com o seu Anjo da Guarda.
Ele é conhecido como um dos santos mais populares da Igreja Católica, viveu como frade capuchinho e o seu corpo permanece intacto após mais de cinco décadas de sua morte.
Ser padre a serviço de Jesus
No ano de 1902, quando Francesco tinha apenas 15 anos, entrou para o noviciado na Ordem dos Capuchinhos, em Morcone e adotou o nome de Frei Pio.
Seu grande desejo era se tornar sacerdote da Igreja Católica e, em 1910, foi ordenado padre. A partir dali, a vida do futuro santo da Igreja se converteu em dor, sofrimento, humilhação e profunda entrega a Deus.
Mas jamais deixou de exalar bom humor e alegria em seus dias e contagiava aqueles que com ele conviviam.
O refúgio escolhido por Deus

Em 1916, padre Pio foi transferido ao Convento de San Giovanni Rotondo, pequeno vilarejo italiano. Foi nesse lugar que ele viveu toda a sua vida, até o ano de sua morte, em 1968.
O vilarejo se tornou local de grandes peregrinações de fiéis de todo o mundo que tomaram conhecimento da fama de santidade do frei capuchinho que ali morava.
Os fiéis que o visitavam puderam testemunhar o seu grande amor pela Santa Missa e por Jesus Eucarístico. Se tornou exímio confessor que exercia o ofício por cerca de 14 horas por dia e foi diretor espiritual de muitos que o procuravam desesperados e com sede de encontrar Deus.
O Altíssimo lhe concedeu grandes dons, como o de revelar o pecado do fiel que, por medo ou vergonha, não confessava as faltas cometidas contra Deus.
Orientou de forma séria os penitentes e aqueles que percebia não terem se arrependido, saíam da presença dele sem receber a absolvição de seus pecados, mas eram convidados a se arrependerem e a buscarem novamente o Sacramento da Confissão.
Exortou a muitos a recorrer à proteção do Santo Anjo da Guarda para vencerem as batalhas espirituais impostas pelo Mal e sempre pregava a devoção que todo fiel deve ter à Santíssima Mãe de Jesus.
San Giovanni Rotondo era o refúgio do frade franciscano e de milhões de fiéis que passaram por lá para conhecerem padre Pio, e se tornou também "palco" de muitos milagres por intermédio do frade capuchinho.
A humildade do frei lhe fez perceber que nada provinha dele e que todas as graças vinham de Cristo Jesus, que lhe escolheu na Terra como o "Apóstolo da Confissão".
O Mal não lhe deu paz
Padre Pio de Pietrelcina foi tentado pelo demônio inúmeras vezes e, em diversos relatos de pessoas que conviveram com ele, afirma-se que o sacerdote apanhava de satanás, que o odiava por conduzir tantas almas a Deus e ao Caminho da Salvação.
O demônio lhe apareceu em forma de uma bela mulher para tentar a pureza do sacerdote e nada obteve dele que escolheu Jesus como seu sumo bem.
Em outras oportunidades, o perigo se intensificava, pois o Mal aparecia ao santo na forma de seu diretor espiritual, de Jesus e até da Santíssima Virgem Maria.
Em sua infância e na vida adulto, ele teve que se esquivar do demônio que lhe apareceu na forma de um cachorro ferroz e violento.
A profunda vida de oração, confissão e obediência de padre Pio de Pietrelcina ancorada na misericórdia e graça de Deus, lhe permitiu escapar das garras de satanás e o Bem venceu as tentações e as aparições demoníacas.
Padre Pio, enxergou no sofrimento que Deus lhe permitia caminho de santidade e perseverança para alcançar a Vida Eterna.
As últimas horas de um santo

Em 23 de setembro de 1968, padre Pio de Pietrelcina faleceu no Convento de San Giovanni Rotondo. Ao redor do convento, os fiéis se reuniram para rezar pelas últimas horas do religioso que tocou, com sua simplicidade e amor a Jesus, tantos corações.
Um fato chamou a atenção dos irmãos franciscanos que conviveram com padre Pio. Entre os anos de 1918 e 1968, o frade apresentou os estigmas de Cristo em suas mãos que viviam cobertas por luvas.
Meses antes de sua morte, esses estigmas desapareceram. Enquanto os tinha, sofreu com dores terríveis e se tornou "objeto" de estudos daqueles que duvidavam ou não sabiam explicar o fenômeno místico em seu corpo.
As horas que antecederam a sua morte foram marcadas por sua última aparição para celebrar a Santa Missa aos fiéis. Mesmo muito debilitado, o sacerdote fez questão de estar entre os fiéis e exercer aquele que foi o maior ofício: oferecer a Santa Eucaristia aos filhos de Deus.
Na madrugada de 23 de setembro, ele chamou seu superior e se confessou, aproveitou a ocasião e renovou os votos de pobreza, obediência e castidade a Jesus.
Faleceu devido a um ataque cardíaco com fama de santidade.
Seu corpo repousa na cripta da Igreja de Santa Maria das Graças, em San Giovanni Rotondo.
O corpo do religioso foi exumado em 2008 e grande foi a surpresa dos profissionais que realizaram a exumação, pois os restos mortais se encontrava com as seguintes características, segundo Nazzareno Gabrielli, que é perito do Vicariato de Roma, e acompanhou todo o processo que envolveu o corpo do sacerdote italiano:
a pele do rosto ainda existia;
ainda havia orelhas e lábios;
havia barba e bigode;
não havia mais olhos nem nariz;
a cabeça, o tronco e a bacia estavam em boas condições;
os membros inferiores estavam muito deteriorados.
Desde então, milhares de fiéis visitam o corpo que permanece conservado na cripta da Igreja.
Em 23 de setembro, se celebra a memória litúrgica de São Padre Pio de Pietrelcina, e por isso pedimos:
São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!
Por Vanusa Reis
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