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Você conhece os benefícios de ouvir música?

A música é uma arte milenar e estudos trazem os benefícios dela à vida e ao cotidiano


As ciências humanas estudam os benefícios dos sons e da música há séculos. Estudiosos como Vincenzo Galileu (1520-1591) e Galileu Galilei (1564-1642) já se “debruçavam” sobre esse assunto no século XVI. Séculos antes, Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) e Platão (428 a.C. - 347 a.C.) buscaram saber sobre o bem-estar que o ato de ouvir música gera para a saúde humana. E nas Sagradas Escrituras também encontramos personagens que eram músicos e como essa forma de arte influencia a vida de oração.

 

A música na Sagrada Escritura

Nas Sagradas Escrituras, a música está presente em vários relatos. No Antigo Testamento, temos a figura de Davi, que era músico. Antes de o jovem assumir o trono de Israel, Saul era o rei. Esse rei, em dados momentos, como nos relatam passagens bíblicas, se encontrava atormentado por um espírito do mal e os seus conselheiros e familiares não sabiam mais como o acalmar. Recorreram a Davi para tocar a harpa e assim o espírito mal dava “tréguas” ao soberano transtornado.  Encontramos essa história em (I Sm 16,14-23).

 

Na Idade Média


Vincenzo Galileu era pai de Galileu Galilei e foi pioneiro em estudos sobre a música. Na Idade Média, a música passou a ser considerada ciência com fundamentos na Aritmética (Matemática). Visando provar que não essa teoria não se sustentava, o genitor de Galileu propagou os seguintes resultados das pesquisas que realizou:

 

·  Conclui que a matemática não conseguia justificar, por exemplo, as variações que o corpo humano sofria, enquanto a música adentrava os ouvidos. Para Vincenzo, os números não eram sonoros e jamais executariam essa função. Os números eram apenas a representação sonora da música, por isso a matemática era “instrumento” para e não fundamento, como se afirmavam. Provando assim, que a lógica matemática não tinha “poder” sobre os sentidos humanos.

 

· Outra afirmação feita por Vincenzo é que a nota musical não variava de acordo apenas com o comprimento ou extensão da corda do instrumento, mas o material utilizado e a espessura influenciavam o resultado da composição.

 

Nos dias atuais

No mundo moderno, as pessoas utilizam a música para trabalhar, relaxar, praticar esportes, aguçar a criatividade e rezar. Ciente do quanto esse recurso pode ter efeitos terapêuticos, cientistas, neurocientistas, etc., buscam essa forma de arte para estimular áreas específicas do cérebro humano. Pesquisas modernas apontam que crianças, adolescentes e adultos podem ter mais qualidade de vida com a inserção da música no cotidiano.

Para evidenciar ainda mais a importância da música no dia a dia, o pesquisador, médico neurologista, também músico e compositor, Mauro Muszkat, por meio da Academia Brasileira de Neurologia e da revista Liteartes, produzida pela Universidade de São Paulo - USP, publicou o artigo Música e Neurodesenvolvimento: em busca de uma poética musical inclusiva que nos ajuda a entender ainda mais o papel da música na saúde humana.

 

Na fases da vida


As crianças

A música, de acordo com Muszkat, beneficia e auxilia em um melhor aprendizado dos pequenos. Na visão do médico, as crianças conseguem se expressar melhor por meio de sons e pela música, principalmente quando ainda não dominam a língua portuguesa ou para aquelas crianças que têm diagnósticos de doenças como dislexia, autismo, depressão e demais disfunções no cérebro. Ajudando, assim, na inclusão dessa criança na sociedade.

 

Adolescentes

Já para a fase da adolescência, Muszkat alega que, devido às mudanças hormonais, neurobiológicas que acabam por gerar impulsividade, humor oscilante e até tédio, a música auxilia os adolescentes a se reconectarem com o mundo. Atualmente, grande parte desse público se relaciona intensamente no mundo virtual, e a música ajuda a criar vínculos afetivos que ajudarão a resolver problemas no mundo real por meio do compartilhamento de questões existenciais e dos sofrimentos que “povoam” a mente dos adolescentes.

 

Adultos

Na vida adulta, a música apresentou resultados positivos em pessoas que tratam as doenças de Alzheimer e depressão. Outro benefício que o médico e pesquisador aponta é que ao ouvir música, ela não é apenas processada pelo cérebro, mas o “afeta” o seu funcionamento. Podemos pensar nos gêneros musicais que costumamos ouvir e perceber como isso nos afeta no dia a dia, observando mudanças no nosso corpo. Segundo o pesquisador, o coração também “sente” a música, pois, dependendo do estilo escolhido para ouvir, a frequência cardíaca pode aumentar. Ele ainda vai além e afirma que a música é um intensificador linguístico, ajudando na aprendizagem do próprio idioma falado e nos demais que se queira aprender. Nesses mesmos estudos, há evidências científicas de que o estresse e a ansiedade também são aliviados pela música.

 

Curiosidades sobre a música:

Durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, a música foi usada como meio terapêutico. Na tentativa de aliviar a dor física e emocional dos soldados feridos, enfermeiras colocavam música para eles ouvirem enquanto recebiam tratamento nos hospitais.


Escute uma boa música, hoje, e aproveite os seus benefícios!

 

Por Vanusa da Silva

 
 
 

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